Via Appia: uma das estradas mais antigas de Roma

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A Via Ápia, em Roma, é uma das estradas romanas mais antigas ainda existentes. Vamos conhecer mais sobre ela?

Antes de mais nada, as estradas de Roma surgiram com um objetivo puramente militar, mas com o tempo elas adotaram fins diferentes, incluindo turismo. De Roma partiam 29 estradas dispostas em leque, que ligavam a cidade às províncias da Itália e continuava nos países vizinhos. Superando os Alpes, essas estradas, chamadas consulares, eram por sua vez ligadas entre si por estradas secundárias, chamadas provinciais.

As vias geralmente tinham uma parte central reservada aos carros quadrúpedes e, nas laterais, as calçadas mais altas para os pedestres. O correio romano também passou por essas estradas, permitindo ao imperador enviar suas ordens aos confins do Império em muito pouco tempo.

Entretanto, as elevadas despesas postais, suportadas pelas províncias, incluíam a manutenção de vários edifícios para descanso durante a viagem. Por exemplo, haviam casarões, abrigos, estábulos e, por consequência, outras despesas com o pessoal de serviço (operários, tropeiros, veterinários, carpinteiros, etc.). A alimentação e as despesas inerentes à estadia dos viajantes também recaíam sobre as províncias.

Por outro lado, quem não podia usufruir dos serviços do Estado, não tinha outra saída senão entrar em contato com pessoas físicas. Dessa forma, paralela à organização oficial, nascida para satisfazer necessidades políticas e militares, rapidamente surgiu uma organização privada que alugava carros e animais, e tratava do transporte de correio privado. Para que se tenha uma ideia, guias e roteiros para viajantes foram escritos desde a mais remota antiguidade.

Eles viajavam 30 quilômetros por dia, com paradas a cada 5 quilômetros, para que os viajantes pudessem matar a sede ou comer um pouco. Quando a noite chegava, eles ficavam em abrigos oficiais ou particulares.

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A rainha das estradas de Roma

A Via Ápia foi realizada em 312 a.C. pelo Censor Apio Claudio, o cego. Ela era considerada a mais longa e bela das estradas romanas e, por isso, logo passou a se chamar Regina Viarum. Para a sua elevação foi necessário superar inúmeros obstáculos. Por exemplo, foi preciso cruzar pântanos e vales, subir riachos e rios, superar montanhas, afiar a ciência e levar técnica da época a extremos memoráveis.

Pavimentada com polígonos de basalto, rocha vulcânica, de cor preta ou esverdeada, tinha largura total de 14 pés romanos, ou seja, pouco mais de 4 metros, o que permitia a passagem simultânea de um carro em cada direção. Além disso, tinha calçadas de terra batida de 5 pés de largura de cada lado, delimitadas por uma borda de pedra.

Júlio César a restaurou às custas de seu próprio patrimônio. Com as sucessivas contribuições de Augusto, Domiciano e Vespasiano, atingiu suas dimensões finais: 540km, que ligavam a capital do Império a Brindisi, no sul da Itália. De fato, este era um porto crucial para o domínio do Mediterrâneo e para a comunicação com o Oriente. Esta distância poderia ser coberta em 13 ou 14 dias de viagem

Além disso, outro fato interessante é que, por esta via, São Paulo, prisioneiro, chegou a Roma em 61 d.C.

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Pontos de interesse da Via Ápia em Roma

Nos primeiros 20 quilômetros, vários túmulos de cidadãos ilustres flanqueavam a Via Ápia. No auge das Catacumbas de San Calixto, ficavam os túmulos dos Pomponios, os columbários dos cozinheiros imperiais e dos marinheiros da frota Miseno, que se encarregavam de administrar o toldo do Coliseu.

Além disso, antes de chegar às Catacumbas, se vê a igreja de Quo vadis, no cruzamento da Via Appia com a Via Ardeatina. Nesta igreja é venerada uma pedra com as pegadas de Cristo, uma cópia da original, que se encontra nas catacumbas de San Sebastião.

Já próximo às Catacumbas de San Sebastião, ficava o mausoléu de Rômulo, filho do imperador Maxêncio e, ao lado dele, o Circo de Maxêncio. O túmulo que domina o caminho consular pela sua grandeza e pelo seu peculiar estado de conservação é o de Cecília Metela (século I a.C.), que se encontra no final de uma curta subida do 3º quilômetro da Via Ápia em Roma. Ele é formado por uma base quadrangular sobre a qual se ergue o corpo da fábrica. Tem cerca de 20 metros de altura e é todo forrado de travertino na parte superior. Enfim, uma lápide lembra Cecília, filha de Quintus Metelo Crético, aquele que subjugou a ilha de Creta.

 

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